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sexta-feira, 1 de abril de 2011

Bom dia vida!

Galos cantam nas propriedades vizinhas.
Passarinhos dão rasantes perto da minha janela, avisando com seus trinados, assobios, gorjeios, que para eles o dia e a caça já começaram faz tempo.
Resolvo levantar mais cedo pra espiar a chácara acordando.
Quero ver restos da noite se esvaindo e recepcionar a luz, o dia, o sol.
O céu para os lados da Serra da Mantiqueira se tinge com pinceladas fortes de laranja e vermelho.
As árvores mais próximas fazem um contraponto com suas silhuetas negras.
A casa-sede com suas lâmpadas ainda acesas compete, durante algum tempo, com o clarão que vai surgindo no horizonte.
Mas logo em seguida, raios dourados inflamam as pontas das árvores, os galhos mais finos, e as cores se alteram. Ganham brilho
Mais pra baixo, na descida para os lagos, as tonalidades de verde ainda estão sujas, sem contraste.
O morro onde fica a casa-sede impede e atrasa a chegada dos raios dourados.
O céu vai clareando aos poucos.
Há névoa sobre boa parte do lago. O que não impede que patos e marrecos atravessem as águas tranqüilamente.
Ao fundo, um "colar" de neblina mais pesada se encosta na ponte e compõe uma última visão da paisagem ainda com tonalidades lilases, antes da explosão da luz, do sol, das cores...
Bom dia, sol que chega.
Bom dia, vida que continua.


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